quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Apresentação da Biblioteca aos alunos do Pré-escolar


UMA HISTÓRIA COM O "KAMISHIBAI"  na

BIBLIOTECA ESCOLAR nos dias 28 de setembro e 1 de outubro de 2012

O Kamishibai é uma das formas mais populares de contar histórias no Japão.
O termo significa literalmente “drama de papel” e teve origem nos templos budistas japoneses no século XII, onde os monges utilizavam os emaki (pergaminhos que combinam imagens com texto) para contar histórias com ensinamentos morais para audiências maioritariamente analfabetas.

Por volta de 1946, com a derrota do Japão na II Guerra Mundial, veio a depressão económica.
Esta técnica popularizou-se entre os desempregados, que percorriam as ruas da cidades carregando na bicicleta o kamishibai como forma de atrair compradores para os doces que levavam.

Recentemente, ressurge em diversos países o interesse pelo valor educativo do kamishibai. Contrariamente aos media unidirecionais como a televisão, a técnica tem a característica de ser bidirecional e criar uma ligação do contador com a plateia. Por outro lado, pode ser utilizado pelas próprias crianças para recontar as histórias, desenvolvendo assim a comunicação oral.
 
"O teatro de papel é uma das formas mais populares de representação no Japão. Kamishibai, significa literalmente "drama de papel", e é uma forma de contar histórias que teve origem nos templos budistas japoneses no século XII, onde os monges utilizavam os emaki (pergaminhos que combinam imagens com texto) para contar histórias com ensinamentos morais para audiências maioritariamente analfabetas. Este método de contar histórias manteve-se durante vários séculos, mas possivelmente só se tomou consciência desta prática nos ínicios dos anos 20 até aos anos 50. Ainda no século XIX, o contador de histórias chegava de bicicleta ou a pé e batia com pedaços de madeira unidos por uma corda (hyoshigi) para anunciar a sua chegada às diferentes aldeias. As crianças contentes eram as primeiras a chegar, compravam doces e sentavam-se à volta do cenário. Uma vez a plateia atenta, o kamishibaiya (contador de histórias)contava várias histórias utilizando um pequeno teatro de madeira construído de forma a que pudessem colocar as ilustrações e tirá-las conforme as contava. O uso do teatro servia de separação "do mundo da história" do "mundo real". A formas das portas do teatro enfatizam o movimento e o ritmo da história.

Os textos que fazem parte dos Kamishibai são claros e directos, histórias simples, com frases curtas e fáceis, e uso de formas verbais básicas.

 Os desenhos devem ser grandes 
e com traço simples para que possam ser vistos a certas distâncias. O ressurgir do Kamishibai deve-se associar à grande depressão dos anos 20 nos bairros mais movimentados de Tóquio, onde havia um número em crescendo de desempregados e assim poderiam ganhar uma pequena quantidade de dinheiro.

Mas a tradição foi-se perdendo à medida que os anos foram avançando, e desapareceu quase por completo com a chegada da televisão nos anos 1950, transformando alguns dos contadores de histórias narradores do cinema mudo e outros que desenhavam as histórias - que muitas das vezes eram estudantes de arte - passaram para o mundo do mangá.

Não querendo perder a tradição, recentemente o Kamishibai foi recuperado pelas bibliotecas japonesas e escolas primárias, e assim surgiu o "Kamishibai educativo". Também algumas famílias que tinham contadores de histórias continuaram a contá-las e preservá-las.

Actualmente, o Kamishibai é considerado como parte da herança cultural japonesa."




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